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Colourful pills
Reforma da legislação farmacêutica da UE

Medicamentos acessíveis, inovadores e a preços comportáveis

O que mudará com a reforma do setor farmacêutico?

  1. Mercado Único
    criar um mercado único dos medicamentos
  2. Quadro regulamentar
    reduzir os encargos administrativos para que os medicamentos cheguem mais rapidamente aos doentes
  3. Medicamentos para todos
    garantir um melhor acesso a medicamentos a preços comportáveis
  4. Abastecimento de medicamentos
    fazer face à escassez de medicamentos e garantir a segurança do abastecimento
  5. Inovação
    promover a inovação e a competitividade
  6. Proteção ambiental
    tornar os medicamentos mais sustentáveis do ponto de vista ambiental
  7. Salvar vidas
    combater a resistência aos antimicrobianos (RAM)
  8. Transparência
    informar melhor sobre o financiamento público utilizado para o desenvolvimento de medicamentos

Colocar os doentes no centro das decisões

Como poderei beneficiar de uma abordagem centrada no doente? 

  • Melhor acesso a medicamentos eficazes e a preços comportáveis 
  • Redução da escassez e maior disponibilidade de medicamentos 
  • Introdução mais rápida de medicamentos biossimilares no mercado, de forma a reduzir os preços dos medicamentos
  • Mais medicamentos para crianças e para doenças raras 
  • Aumento da representação dos doentes na aprovação de medicamentos
  • Acesso mais fácil às informações sobre os produtos 
  • Medicamentos mais sustentáveis do ponto de vista ambiental 

Reduzir o risco de situações críticas de escassez durante e após o inverno

Em outubro de 2023, tomámos novas medidas para prevenir e reduzir as situações críticas de escassez de medicamentos na UE.  As recentes situações críticas de escassez de medicamentos, incluindo de determinados antibióticos no inverno passado, mostram que é necessário continuar a tomar medidas coordenadas para enfrentar os desafios do aprovisionamento e tornar as cadeias de abastecimento de medicamentos da Europa mais resilientes a longo prazo.

Para melhor preparar o inverno de 2023/24, a Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias e a Agência Europeia de Medicamentos já identificaram antibióticos essenciais para os quais antecipam o risco de situações críticas de escassez antes deste e de futuros invernos.

As medidas para fazer face à escassez de medicamentos na UE articulam-se em torno de três pilares:

  • medidas imediatas e a curto prazo para atenuar as situações críticas de escassez
  • medidas estruturais de apoio à segurança do aprovisionamento a longo prazo
  • parcerias internacionais para o abastecimento

No imediato,a Comissão lançou, em 24 de outubro de 2023, um Mecanismo Europeu de Solidariedade Voluntária para os medicamentos. O mecanismo permite que um Estado-Membro sinalize as suas necessidades para determinado medicamento aos outros Estados-Membros, que podem responder indicando os medicamentos disponíveis para redistribuição. 

Outras medidas incluem:

  • o estabelecimento de uma lista da UE de medicamentos críticos (até ao final de 2023) para analisar os casos em que são necessárias medidas adicionais na cadeia de abastecimento de medicamentos selecionados 
  • a criação de uma ação comum específica em 2024 para permitir que os Estados-Membros utilizem isenções de regras para permitir que os medicamentos cheguem aos doentes
  • a organização de intercâmbios de boas práticas no que diz respeito à fixação de preços e reembolsos entre os Estados-Membros
  • a emissão de orientações da UE, até ao início de 2024, sobre a obtenção de medicamentos para reforçar a segurança do aprovisionamento
  • o lançamento da aquisição conjunta de antibióticos e medicamentos para vírus respiratórios, pela UE, para o inverno de 2024/25

Apoio à segurança do aprovisionamento a longo prazo

A fim de incentivar a produção de medicamentos críticos mais diversificados, a Comissão está a recrutar participantes para criar uma Aliança para os Medicamentos Críticos no início de 2024. Tal permitirá que as autoridades nacionais, a indústria, os representantes da sociedade civil, a Comissão e as agências da UE coordenem a ação a nível da UE contra as situações de escassez de medicamentos de longa data e façam face a vulnerabilidades da cadeia de abastecimento. Centrar-se-á nos medicamentos com maior risco de escassez e com maior impacto nos sistemas de saúde e nos doentes. Tal poderá abrir caminho a uma eventual «Lei dos medicamentos críticos» no futuro. As primeiras recomendações da Aliança sobre a forma de melhorar o abastecimento de medicamentos críticos estão previstas até ao outono de 2024.  

No primeiro semestre de 2024, a Comissão e os Estados-Membros desenvolverão ainda uma abordagem estratégica comum para a constituição de reservas de medicamentos, a fim de evitar situações de escassez.

Para além da UE, será criada uma rede de parceiros internacionais para reforçar a resiliência da cadeia de abastecimento. Serão igualmente criadas parcerias estratégicas com países terceiros para a produção de medicamentos críticos, refletindo tanto as exigências locais como as necessidades a nível da UE e a nível mundial.

Impulsionar a inovação para uma indústria farmacêutica competitiva

Para estabelecer este sistema, a Comissão propõe uma diretiva que contém todos os requisitos em matéria de autorização, monitorização, rotulagem e proteção regulamentar, introdução no mercado e outros procedimentos aplicáveis a todos os medicamentos autorizados a nível da UE e a nível nacional, e que harmoniza as regras de autorização na UE.

Como assegurar um setor farmacêutico competitivo? 

  • Promovendo a inovação de craveira mundial 
  • Reduzindo a burocracia e acelerando a autorização de medicamentos inovadores 
  • Incentivando a investigação e o desenvolvimento 
  • Combatendo a resistência aos antimicrobianos 

Combater a resistência aos antimicrobianos

Os antimicrobianos são medicamentos utilizados para prevenir e tratar infeções nos seres humanos, nos animais e nas plantas. A resistência aos antimicrobianos (RAM) ocorre quando os micróbios deixam de responder aos medicamentos concebidos para os destruir e é causada pela utilização excessiva ou indevida de antimicrobianos, tais como os antibióticos.

Uma pandemia silenciosa

A proposta recomenda:

1. Autorização de introdução no mercado e vigilância de antimicrobianos

  • A autorização de introdução no mercado de antimicrobianos deve incluir medidas de utilização prudente
  • Vigilância e monitorização adicionais do consumo de antimicrobianos, melhor prevenção e controlo de infeções; maior sensibilização do público, educação e formação dos profissionais

2. Utilização prudente de antimicrobianos

Apenas metade dos cidadãos da UE tem consciência de que os antibióticos são ineficazes contra os vírus. A utilização excessiva e indevida de antimicrobianos, tais como os antibióticos, leva ao aumento da RAM.

A Comissão defende uma utilização mais prudente dos antimicrobianos, fixando ela própria uma meta para a redução da utilização de antibióticos e recomendando aos Estados-Membros que estabeleçam metas nacionais correspondentes:

  • redução de 20 % no consumo de antibióticos na UE até 2030
  • recomendação da fixação de metas adicionais a nível nacional

3. Garantir a disponibilidade de antibióticos

A utilização prudente de antibióticos é essencial para combater a RAM, mas também afeta os volumes de vendas e o retorno do investimento para os responsáveis pelo desenvolvimento de medicamentos.

Por conseguinte, é necessário incentivar o desenvolvimento de antimicrobianos inovadores, bem como assegurar o acesso a antimicrobianos e a sua disponibilidade.

A Comissão propõe o seguinte:

  • um vale transferível de exclusividade de dados que concede aos responsáveis pelo desenvolvimento de novos antimicrobianos um ano suplementar de proteção regulamentar dos dados, tornando mais atrativo o desenvolvimento de antimicrobianos inovadores sem contribuições financeiras diretas dos Estados-Membros
  • mecanismos de contratação pública para facultar o acesso aos antimicrobianos, incluindo os que estão em fase de desenvolvimento

4. Combater a RAM a nível mundial

A RAM não pode ser combatida isoladamente por um setor, um país ou um continente. Isto implica:

  • manter a RAM no centro da Estratégia da UE para a Saúde a Nível Mundial
  • promover uma maior cooperação mundial, por exemplo abordando a RAM no âmbito de um potencial acordo internacional da OMS sobre prevenção, preparação e resposta a pandemias